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Os preservativos femininos, aos poucos, começam a fazer parte da vida dos brasileiros. Desde o ano passado, mais de 400.000 já foram vendidos no Brasil. Inventados desde a década de 80, só em 1993 começaram a ser vendidos em escala comercial. São produzidos nos Estados Unidos, mas, apesar disso, não fizeram sucesso por lá. Os principais consumidores das camisinhas femininas são os países da África, América Latina e Ásia. Em grande parte, essas camisinhas foram oferecidas pelo governo ou organizações internacionais em campanhas contra a AIDS.
A camisinha feminina é uma espécie de bolsa, um saquinho feito de um plástico macio, fino, resistente e lubrificado, que se coloca dentro da vagina. A parte fechada dessa bolsinha tem um anel flexível e móvel que serve para guiar a colocação da camisinha no fundo da vagina. A outra ponta, a aberta, tem um anel também flexível, que deve ficar para fora e cobrir a parte externa da vagina, a vulva. Possui formato de tubo, com cerca de 17 cm de comprimento e 8 cm de diâmetro. Ela se adapta anatomicamente ao colo do útero, recobrindo toda a vagina e os grandes lábios, evitando assim o contato do esperma com as secreções vaginais da mulher.
Aqui no Brasil, esse tipo de preservativo é mais vendido nas regiões Sul e Sudeste. O perfil das consumidoras é de mulheres de classe social mais elevada e com mais de 25 anos. A camisinha feminina pode ser encontrada nas principais redes de farmácias e custa, em média, de R$ 2,50 a R$ 3,00 cada. A recomendação é o uso de uma camisinha a cada relação sexual. O seu alto custo sido um impecílio para seu uso, principalmente nos países mais pobres. Na África, por exemplo, os pesquisadores procuram descobrir se é seguro lavar e reutilizar o preservativo. Além do preço, há outros inconvenientes. Ela pode fazer algum ruído durante a relação sexual. A colocação não é tão simples quanto a da versão masculina, exigindo um pouco mais de prática.
Depois de colocada, uma pequena parte da camisinha feminina fica visível fora da vagina, criando uma aparência um pouco esquisita para quem não está acostumado, mas o preservativo masculino também fica visível, e também já deve ter causado estranheza quando começou a ser utilizado.
Apesar dos possíveis inconvenientes, o preservativo feminino possui uma série de vantagens. As pesquisas de opinião indicam ele foi aprovado pela maioria das mulheres que o experimentaram. Para elas, significa a conquista de uma liberdade de escolha que antes não possuíam, já que dependiam, em parte, da escolha do homem para fazer sexo seguro. Além disso, é tão confiável quanto o preservativo masculino quando se trata de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, ou até mais seguro se usado corretamente, já que é mais resistente e não há risco de vazamentos. Pode ser colocado até 8 horas antes da relação sexual e não precisa ser retirado imediatamente depois.